Edifícios mistos: uma tendência?

Apesar de o Recife ainda não contar com um grande número de prédios com unidades residenciais e comerciais, empresas já apostam nesse mercado

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postado em 17/07/2014 09:36 / atualizado em 17/07/2014 10:04
Golden Wave, empreendimento da Dallas, terá 166 apartamentos e oito lojas no pilotis - Golden Wave, empreendimento da Dallas, terá 166 apartamentos e oito lojas no pilotis (DALLAS/DIVULGAÇÃO)	
Golden Wave, empreendimento da Dallas, terá 166 apartamentos e oito lojas no pilotis
Morar próximo a serviços e ao local de trabalho se tornou, nos últimos anos, um desejo de grande parte da população. Mas já imaginou viver a um andar do escritório? Ou dispor, no pavimento térreo, de bancos, praça de alimentação e farmácia? Os projetos mixed-use ou mistos vieram para tornar mais fáceis e rápidos os deslocamentos. Bastante comum nas cidades de São Paulo e, no Nordeste, em Fortaleza, esse tipo de empreendimento tende a não agradar aqueles que preferem tranquilidade, mas desperta o interesse de quem busca por praticidade.

Mesmo tendo alguns projetos construídos no centro da cidade, como o edifício Líbano, na Rua da Aurora, o Recife ainda não detém tantos empreendimentos nesse estilo. No entanto, a comodidade de estar perto de opções de serviços tem feito com que algumas construtoras iniciem a projeção de torres com o perfil misto, como é o caso da AWM Engenharia, com o Estação José Augusto Moreira, em Olinda, e da Dallas, com o edifício Golden Wave, em Boa Viagem.

Para o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), André Callou, construções nesse estilo são aceitas de acordo com a cultura da região e do adensamento do local onde será construído. "Edifícios mistos são bem aceitos em bairros onde a população tem a prática de fazer tudo a pé, como Boa Viagem, Espinheiro e Parnamirim", afirma. "Além disso, é preciso pensar se haverá demanda, afinal nenhum serviço sobrevive se não tiver quem consuma e só adesão de moradores não vai gerar tanto lucro", completa.

A arquiteta da AWM Engenharia, Clistiane Araújo, aponta que esses projetos tendem a atrair um público interessado tanto nas salas comerciais quanto nas unidades residenciais. "A maioria dos que pretendem comprar as unidades são empresários, mas existem ainda os que buscam por praticidade com opções de serviços por perto", destaca.

O Estação José Augusto Moreira terá 21 andares e abrigará 168 flats e 168 salas comerciais, todos de 41 a 67 metros quadrados comercializadas a partir de R$ 250 mil. Já o edifício Golden Wave irá dispor de 166 apartamentos e oito lojas no pilotis, distribuídos por 29 andares.

Investidores

Para quem pretende adquirir os imóveis para investir em locação, o presidente da Ademi ressalta que há grandes chances de a rentabilidade ser maior do que em projetos tradicionais. "Claro que é necessário entender como será a aceitação da população e como esses empreendimentos vão sobreviver na cidade, mas imóveis mistos são diferenciais e isso pode chamar a atenção", explica André Callou.

Tags: ambientes

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