Enfrentar longos trajetos de congestionamento tem sido uma prática comum na rotina de quem mora longe do local de trabalho. Com o objetivo de aproximar o trabalhador de sua casa, construtoras projetam empresariais em áreas tradicionalmente residenciais.
Aflitos, Graças e Casa Forte foram alguns dos bairros que já receberam projetos de empresariais de bairro ou de vizinhança, como são chamados. De acordo com o presidente da Ademi-PE, André Callou, os empreendimentos desse estilo possuem um porte menor se comparado às torres corporativas dos polos Pina e Ilha do Leite. "São terrenos com menor potencial construtivo, mas que têm uma linha de trabalho pensada para suprir uma necessidade local", afirma.
As necessidades citadas por Callou são supridas tanto pela oferta das salas comerciais quanto pela disponibilidade de lojas no pavimento térreo. "São produtos destinados para profissionais liberais ou empresas em início de atuação que vão trabalhar atendendo,
principalmente, as demandas de pessoas que moram em um raio de 2 a 3 quilômetros", pontua o superintendente comercial da Moura Dubeux, Tony Vasconcelos.
A construtora inicia neste mês as operações do empresarial Rui Barbosa, no bairro das Graças, constrói o Quartier Empresarial, na Estrada do Arraial, no bairro da Tamarineira, e se prepara para lançar ainda este ano um projeto do mesmo estilo no bairro do Parnamirim.
A Casa Grande Engenharia também embarca na construção de empresariais de bairros. Segundo o diretor comercial da construtora, Jorge Leitão, o edifício Rosa e Silva, nos Aflitos, partiu de uma pesquisa que identificou que muitos moradores procuravam salas para trabalhar próximo de casa. "Os 160 nomes cadastrados moram no bairro e nas áreas vizinhas", ressalta.