Análise

O mercado da construção pós-eleições

Com o resultado nas urnas, setor está confiante com os próximos quatro anos, mas adverte que é preciso cuidar da economia

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postado em 30/10/2014 10:55 / atualizado em 30/10/2014 11:08 Afonso Bezerra
Retomar o fôlego. É isso que o mercado da construção civil espera após o resultado das eleições, que garantiu a vitória de Paulo Câmara (PSB) no governo de Pernambuco e a continuidade de Dilma Rousseff (PT) na Presidência. Na verdade, independentemente de quem sairia vitorioso, depois de um ano em marcha lenta para o setor, a expectativa para um 2015 mais animador era inevitável.

Programas sociais,como o Minha Casa, Minha Vida, foram importantes para o setor - HELDER TAVARES/DP/D.A PRESS - 01/03/10 Programas sociais,como o Minha Casa, Minha Vida, foram importantes para o setor
As estimativas de Pernambuco para o próximo ano são de arrumação das contas, para reencontrar o ritmo de anos anteriores. “O ano de 2015 será um período de acomodação dos custos, estabilidade na oferta dos imóveis e trabalho pela qualidade”, explicou André Callou, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE). “Em comparação com outros estados do Nordeste, Pernambuco tem sido destaque no desenvolvimento econômico. São novas indústrias e mais investimentos que chegam, o que contempla nosso setor. Acreditamos na continuidade desse projeto”, analisa Callou, referindo-se à eleição do candidato apoiado por Eduardo Campos.

O presidente da Ademi-PE defende ainda que a atenção, nos próximos anos, precisa ser voltada para a economia como um todo: “A gestão do PT foi muito positiva para o nosso setor. Os bancos foram mais ativos. Os programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida, foram importantes. Mas é necessário haver mais investimentos, mais estímulos à economia. O Brasil precisa crescer”, explicou.

Cenário nacional

O otimismo em relação ao estado se transforma em cautela quando o Brasil está em questão. O presidente em exercício do Sindicato da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon-PE), José Antonio Lucas, afirma que ainda é cedo para traçar um panorama para os próximos quatro anos, mas as perspectivas são boas para o setor. “Vivemos uma evolução no mercado. Agora, é preciso que as propostas colocadas em debate nestas eleições se cumpram, que os ajustes sejam feitos e que o desenvolvimento seja priorizado”.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover, o cenário para 2015 demanda ajustes pontuais na configuração econômica do país. “É preciso revisar a taxa de juros que estava muito alta e fazer uma redução gradual, para facilitar o consumo das famílias. É imprescindível ainda rever a política de câmbio, para valorizar as nossas exportações e tratar como prioridades os investimentos públicos em parceria com o setor privado”, elencou o presidente, que está otimista com o segundo mandato de Dilma Rousseff.

Tags: imóveis,

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