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Imóveis usados podem servir de entrada em financiamento

Empresas do ramo imobiliário intensificam as trocas e aceitam bens dos clientes como parte do pagamento de um imóvel novo

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postado em 14/08/2015 09:12 / atualizado em 14/08/2015 09:58
Esse tipo de negócio contribue para movimentação do mercado - Helder Tavares/DP/D.A Press Esse tipo de negócio contribue para movimentação do mercado
Com o crédito para a compra de imóveis usados cada vez mais limitado, consumidores encontram dificuldades para vender suas propriedades. Construtoras do Grande Recife aproveitam a situação para estimular os clientes a oferecer sua moradia como forma de pagamento antecipado de parcelas, na hora de financiar um imóvel novo.

Muitas empresas do ramo estão viabilizando a medida para facilitar a negociação e driblar a crise, já que o momento não oferece muitas opções. De acordo com o diretor comercial da construtora Gran Marco, Jorge Leitão, a crise econômica retraiu, principalmente, o mercado de usados. “Quando o mercado (de usados) estava aquecido, os clientes preferiam vender o imóvel antes de fazer outro negócio. Hoje, a situação é diferente. Somos o melhor caminho para eles”, diz.

Construtoras, junto às imobiliárias, podem oferecer financiamentos positivos para seus clientes, ao contrário de pessoas físicas. “O cliente não tem as mesmas condições para vender um usado como nós temos. Sem falar que podemos financiá-lo em 36 parcelas, enquanto ele não pode. Encontraríamos menos dificuldade na hora da venda”, destaca Jorge. O corretor Marcelo Nilo reforça o discurso. Segundo ele, os usados em posse de construtoras contribuem para o fluxo do mercado. “As empresas recebem uma quantia em dinheiro e continuam com um imóvel para fazer novos negócios”, informa.

O diretor executivo da Construtora Holanda, Bruno Wanderley, percebeu uma demanda crescente neste sentido nos últimos meses. “Em praticamente todas as empresas é possível se deparar com clientes interessados em oferecer imóveis usados e até carros como parte do pagamento no apartamento”, garante. Ele lembra que essa prática existe há tempos na construção civil, mas agora está mais presente e o negócio virou uma solução interessante para os casos em que o cliente está com dificuldades para financiar ou não quer ficar descapitalizado, e opta pela troca do imóvel.

O presidente da Ademi-PE, André Callou, acredita que essa troca beneficia os dois lados. Enquanto as construtoras precisam vender seus empreendimentos, os clientes querem repassar seu imóvel e adquirir um novo. “Os números são positivos para ambos. Há uma prévia avaliação de mercado e, baseado nela, algumas reduções no valor do imóvel são feitas devido aos custos futuros que se tem com ele”, informa. Para Callou, isso é uma maneira de despertar no cliente a vontade de obter um imóvel novo, maior e melhor localizado.

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