Decoração

Não é capricho, mas necessidade

Por muito tempo considerada artigo de luxo, a arquitetura está presente hoje em diversos projetos de imóveis até bem compactos

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postado em 22/05/2015 11:18 / atualizado em 22/05/2015 11:29
Com o empoderamento econômico da classe C, profissionais que trabalham com planejamento de obras e decoração têm sido bem requisitados por clientes que se encaixam no perfil dos grupos mais populares. Projetos imobiliários compactos têm estimulado essa adesão. Quem garante são os profissionais do setor.

são priorizados elementos como escolha de mobiliário, pintura e a busca pelo aproveitamento do espaço - Arderson Aragão/Divulgação são priorizados elementos como escolha de mobiliário, pintura e a busca pelo aproveitamento do espaço
“Ainda é um pouco pontual, mas o segmento tem se expandido cada vez mais”, explicou o arquiteto Anderson Aragão. Ele explica que um dos fatores fundamentais para essa adesão aos serviços da arquitetura é o formato dos novos projetos imobiliários mais populares, como os ligados ao programa Minha Casa, Minha Vida. “Nesse cenário mais aberto, o mercado tem se consolidado”, adianta o arquiteto.

Segundo Aragão, com o crescimento da oferta de unidades menores, os moradores buscam aprimorar o uso do espaço. “Geralmente, os nossos projetos voltados para esse segmento buscam  trabalhar a ideia do deslocamento, do uso racional do espaço”.

Itens como iluminação e gesso, considerados simples detalhes dentro do conjunto residencial, são descartados. Na lista dos novos clientes, são priorizados elementos como escolha de mobiliário, pinura e a busca pelo aproveitamento do espaço. “O cliente da classe C deseja mais funcionalidade, planejamento para o dia a dia”, conta.

Informação. Esse tem sido o caminho de aproximação entre o público e o trabalho do arquiteto, segundo Aragão. Ele acredita que produtos como as revistas especializadas em design e arquitetura encurtaram a distância e mostraram um lado possível de planejar a própria casa. “O arquiteto não é  mais um bibelô de luxo. Apesar de alguns grupos rejeitarem esse tipo de trabalho, a percepção é clara de que o público B e C tem interesse em aprimorar a casa própria”, diz.

Aragão reforça que esse fenômeno de popularização ainda é algo pontual e que sofre resistências em alguns grupos da arquitetura, mas revela uma importante inflexão no setor de decoração. Ele ainda ressalva a agradável relação com este tipo específico de público e diz que, aos poucos, a categoria vai compreender esse novo nicho de mercado.

Para a arquiteta Lorena Pontual, o setor tem discutido bastante essa inclusão da classe média nos serviços da arquitetura e garante que o acesso à informação foi fundamental para essa mudança. “Antes, esse público mais popular não compreendia real funcionalidade do trabalho do arquiteto. Hoje, os projetos têm outra dimensão para eles, que já se organizam, principalmente no momento da construção da casa”.

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