Analistas do setor imobiliário atestam: é hora de apostar e investir na casa própria. Apesar das medidas restritivas em algumas instituições bancárias, como foi o caso da Caixa Econômica Federal, que reduziu o teto do financiamento de imóveis usados, as empresas têm trabalhado com condições especiais e facilitado o poder de barganha do consumidor. Com isso, é sempre interessante ter em mente todas as formas de investimento. O Diario ouviu os principais especialistas do setor e explica as melhores formas de financiar um imóvel.
O comprador pode optar por três modalidades de financiamento, que irão variar de acordo com o valor do imóvel. O Sistema Financeiro Habitacional (SFH) opera as transações com imóveis que não ultrapassam, no Nordeste, o valor de R$ 650 mil. Ao adotar esta modalidade, o mutuário poderá utilizar o FGTS, ter um prazo de até 35 anos e lidar com juros de até 12% ao ano. Para quem deseja adquirir uma unidade de valor superior a R$ 650 mil, o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) realiza as operações com juros negociados e oferece a possibilidade de financiar até 100% da moradia. Nessa situação, o uso do FGTS só é permitido para quitar o saldo devedor.
O professor de finanças da Faculdade Guararapes Roberto Ferreira adverte que sempre é saudável iniciar uma compra quitando o valor total, mas, como o método mais utilizado é o financiamento, ele registra algumas observações. “É importante usar o máximo do valor de entrada, para poder financiar apenas um período curto. E, de preferência, utilizar o sistema de tabela SAC - Sistema de Amortização Constante”. Para o professor, este método é mais vantajoso e seguro para o comprador. “Apesar de começar com um valor relativamente alto, ela termina com um parcela menor que o valor da Tabela Price, o outro método que aplica a parcela constante”.
Dentro dos números projetados pelo financiamento, acompanham alguns encargos: o seguro contra Danos Físicos ao Imóvel (DFI), o seguro de vida para o mutuário e as taxas de administração
O consórcio, operação muito utilizada para compra de automóveis, também é uma ferramenta para a compra de imóveis. Nessa condição é possível usar o FGTS para dar os lances. No entanto, o professor Roberto Ferreira aponta que, apesar de possuiir menos encargos, esse processo exige muito cuidado. “É um sistema que depende muito de dois fatores: a sorte e a capacidade de você aplicar um lance. É uma boa estratégia para quem não tem pressa”, explica o professor, lembrando que, se optar por esse método, é muito importante checar a credibilidade de quem organiza o consórcio.
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