Financiamento imobiliário supera o crédito pessoal no Brasil em 2013
Ano foi positivo para o setor que teve saldo em financiamento de imóveis atingiu R$ 326,4 bilhões em outubro, contra R$ 317,6 bilhões do crédito pessoal no mesmo período
A alta foi sentida em agosto desse ano, quando o setor registrou um saldo de financiamento imobiliário para pessoas físicas no valor de R$ 314,896 bi
Pela primeira vez, o país registra o fenômeno onde o saldo de contratos sobre crédito imobiliário superou o registrado para crédito pessoal ao longo do ano, no País. Os dados são do Banco Central, que registrou em 2013, o montante de R$ 326,4 bilhões em outubro, contra R$ 317,6 bilhões do crédito pessoal. Para analistas do setor, os números sinalizam mudança positiva de perfil e consideram que a dívida da casa própria é de longo prazo e tem juros menores.
O presidente do Conselhor de Administração do Banco Intermédium, Rubens Menin, revela que os principais fatores responsáveis pelo bom crescimento do crédito imobiliário nacional são justamente a segurança jurídica e seus efeitos, garantidos pelo instrumento da Alienação Fiduciária. Essa importante contribuição não está materializada apenas na ampliação da oferta de crédito e nas facilidades de contratação observadas nos últimos anos. Ele pontua que a garantia representada por esse mecanismo contribui, também, para o barateamento do crédito na maioria das situações.
A alta foi sentida em agosto desse ano, quando o setor registrou um saldo de financiamento imobiliário para pessoas físicas no valor de R$ 314,896 bilhões, enquanto no mesmo período do ano anterior, o montante estava em R$ 233,154 bilhões. Segundo projeções do mercado, apontados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), a parcela de financiamentos imobiliários sobre o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,7% em 2007 para quase 8% nesse ano. A expectativa é que esse porcentual chegue a 10% até 2015.
Mas Menin alerta que é interessante observar que o período mais recente, último semestre, ratificou os fundamentos da política de crédito imobiliário praticada no país, que continuou balizada pelos mesmos procedimentos e indicadores, com uma constatação adicional importantíssima: a segurança do sistema está se materializando, também, no baixíssimo índice geral de inadimplência. Com efeito, o presidente destaca que esse último aspecto assume um significado muito especial, não apenas por situar a inadimplência brasileira no crédito imobiliário como uma das mais baixas do mundo, como também, e principalmente, por ratificar, nesse particular, a inexistência de riscos de Bolha Imobiliária no mercado naciona.