Quem está pensando em financiar um imóvel para morar, pode se animar. Economistas e especialistas em crédito imobiliário acreditam que este é um momento oportuno para realizar o sonho da casa própria. Redução dos juros, prazos mais longos (já chegam a 35 anos), aumento no número de linhas de crédito e desaquecimento das vendas das construtoras são os itens que tornam o cenário propício para quem já está se planejando.
"Do ponto de vista financista, as taxas de juros praticadas pelos bancos estão abaixo da Selic, que é atualmente de 11% ao ano. Isso significa que o crédito imobiliário é, portanto, o mais barato dos produtos disponíveis", explica o economista Marcelo Barros. Segundo ele, outro fator positivo é que os preços estão se estabilizando porque a demanda está retraída. "Os valores cobrados pelo metro quadrado subiram muito em 2010, 2011 e 2012 e assustaram as pessoas. Agora, as construtoras estão com estoque de imóveis. Na visão mercadológica, é uma boa oportunidade de barganhar".
Gilberto Abreu, diretor de crédito imobiliário do Santander, engrossa o coro e revela que a procura por financiamentos no banco já está aumentando. "Em créditos acima de R$ 250 mil, nós temos taxas muito competitivas. O máximo cobrado, para um cliente sem relacionamento, é de 9,3 % ao ano, o que ainda assim fica abaixo da Selic. E não temos limites de financiamento. O banco já deu créditos imobiliários de R$ 26 milhões."
A taxa é semelhante às praticadas pelos demais bancos do mercado. No Bradesco, os juros anuais ficam em torno de 9,2%. No Banco do brasil, 9,3% e na Caixa, 8,8%.
Já Roberto Ferreira, professor de economia da Faculdade Boa Viagem (FBV), acredita que apesar de oportuno, o momento ainda exige cautela. "Minha grande preocupação é que a família brasileira está endividada. Existem 54 milhões de endividados no país e é uma fatia considerável da população. Além disso, as pessoas querem comprar um imóvel, que é uma dívida grande, sem se planejar", comenta. Neste caso, o professor aconselha continuar no aluguel. “Existe agora uma oferta maior que a demanda e os preços estão baixando. Junte dinheiro, pesquise muito e só então pense em financiar”, finaliza.
Saiba maisQual o perfil do comprador pernambucano:
1 - Acima de 40 anos
2 - Classe C + e B
3 - Moram há mais de cinco anos de aluguel
4 - Procuram imóveis de 2 e 3 quartos
5 - Buscam a 1º casa
6 - Fazem contratos de 20 ou 25 anos
7- Pagam em 10 anos
8 - Buscam imóveis de R$ 250 mil a R$ 500 mil