Além de usufruir de um exuberante cartão-postal, o bairro mais cobiçado pelos recifenses também soma vantagens pelo alto IDH, pela completa infraestrutura de comércio e por uma boa prestação de serviços públicos. A conjunção desses elementos fez de Boa Viagem, principal bairro da Zona Sul do Recife, a região mais procurada pelos visitantes do Salão Imobiliário de Pernambuco, evento ocorrido no Centro de Convenções de Pernambuco, entre os dias 11 e 15 de março.
De acordo com Carol Boxwel, superintendente de marketing da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário, a região que lidera o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) também está em primeiro lugar na preferência dos clientes da empresa. Com média de 700 famílias atendidas durante o salão, 22% estavam interessadas em Boa Viagem, seguido por Candeias e Piedade. A Rio Ave, que também esteve presente na feira e registrou um aumento de 26% nas visitas ao estande de vendas, em relação ao ano passado, percebeu essa tendência. “A explicação para esse movimento é simples: Boa Viagem é um bairro consolidado, com amplos serviços e uma boa estrutura de entretenimento. Não nos surpreende essa procura, é uma tendência histórica”, explicou Carol.
Manuela Araújo, gerente de marketing da construtora Dallas, defende que, hoje, o público já conhece antecipadamente o perfil das empresas expositoras nos salões. Com isso, elas chegam com uma demanda direcionada. Com mais de 300 visitas, a empresa constatou que 65% dos interessados no formato home service da empresa estavam dipostos a investir em Boa Viagem. “Os bairros da Zona Norte têm prestígio no mercado, mas como nosso público tem um perfil investidor, há uma forte tendência de investir em localidades que reúnam as características mais vantajosas para esse tipo de cliente”, explicou.
Depois da Zona Sul, segundo as construtoras, tiveram destaque os bairros da região Norte, como Espinheiro, Graças, Parnamirim e Aflitos. A Zona Oeste também já surge com destaque na avaliação. “A Queiroz lançou um empreendimento no bairro do Cordeiro e a aceitação foi excelente”, disse Carol Boxwel. Para Tony Vasoncelos, superintendente de marketing e diretor comercial da Moura Dubeux, um cenário positivo notado no Salão foi a consolidação do renascimento do Centro da cidade.“As pessoas estão redescobrindo esse espaço”, pontuou. Outra nova exploração do público foi a região Sudoeste, a exemplo do bairro do Curado, onde a Carrilho investe com o Alameda Baobá.
A constatação das construtoras é reafirmada na pesquisa realizada pela Ademi-PE durante o evento, que destacou Piedade, Boa Viagem e Candeias com maior frequência em relação ao local de preferência do imóvel.O levantamento também identificou que, para 62,9% das pessoas ouvidas, é muito importante que o novo patrimônio esteja em um bairro silencioso e 58% considera indispensável que esteja próximo a supermercados. Apesar do número de unidades vendidas ter caído de 500 para 400, o Salão movimentou R$ 145 milhões, superando o número do ano passado, que fechou em R$ 122 milhões. Entre as reivindicações do público, a pesquisa identificou que as pessoas preferem medição de água individual, poço artesiano e mais segurança.