postado em 04/09/2015 11:01
/ atualizado em 04/09/2015 11:46
Com a infraestrutura de Jaboatão, imóveis são oferecidos com qualidade semelhante aos de Boa Viagem
Atualmente, regiões metropolitanas tendem a atrair mais investimentos imobiliários do que as grandes cidades. Entre as principais razões estão o custo dos terrenos e também o tamanho das áreas disponíveis. O comportamento do consumidor e a melhoria da infraestrutura no entorno das metrópoles são outros motivos que influenciam nesta mudança. No Recife, onde o metro quadrado está cada vez mais oneroso - entre R$ 5 mil e R$ 7 mil - a saída do mercado imobiliário foi prospectar áreas em municípios vizinhos.
De acordo com o presidente da Ademi-PE, André Callou, a legislação é um dos principais entraves para a construção de prédios em alguns bairros estratégicos da capital pernambucana, como Boa Viagem e a Zona Norte da Cidade. “Os terrenos ou são caros ou estão em áreas restritas, cobertas pela legislação. A Lei dos 12 Bairros, por exemplo, deixa o empreendimento menos rentável, visto que o número de unidades é reduzido”, destaca Callou. Ele ainda acrescenta que a principal consequência disso é o encarecimento dos imóveis nessas áreas.
Por conta de questões como estas, é grande o número de imóveis que têm sido lançados na Região Metropolitana do Recife (RMR), a exemplo do que acontece em Jaboatão dos Guararapes, nos bairros de Piedade, Candeias e Barra de Jangada. Segundo a gerente comercial da Nacional Empreendiementos, Phamela Delboni, esses bairros são pontos estratégicos para novos prédios. “Jaboatão oferece uma boa estrutura, onde se pode oferecer imóveis com as mesmas qualidades dos que se encontram em Boa Viagem, por exemplo. E com um detalhe: bem mais em conta”, explica.
Para Roberto Rios, diretor executivo da Imobiliária Eduardo Feitosa, cidades como Camaragibe e São Lourenço da Mata também se destacam pelo recebimento de grandes empreendimentos cadastrados no programa federal de habitação popular. “O Minha Casa, Minha Vida é muito forte na RMR devido à imensa demanda que há no entorno da capital”, diz. Ainda de acordo com Rios, muitos paradigmas estão sendo quebrados no mercado imobiliário. “Hoje, essa ideia de ‘bairro ideal’ é muito relativa. O verdadeiro ‘bairro ideal’ é aquele que atende às necessidades dos clientes: localização, preço do imóveis, estrutura da cidade, mobilidade urbana e qualidade de vida. E isso pode estar em diversas áreas do estado”, destaca.