Novas taxas, reformas estruturais, agenda de reuniões. O número de informações com a qual o síndico de um condomínio precisa lidar é enorme. Em boa parte dos casos, ele não consegue cumprir o objetivo e escuta a defensiva dos moradores que alegam não terem sido avisados das novidades. Para contornar este impasse, alguns administradores têm lançado mão de ferramentas como e-mails, páginas na web e até mesmo grupos de aplicativos de celular para não dar brecha aos “desavisados”.
Foi o caso de Manuel Castro, síndico do edifício Vila Prado, no Prado. Há um ano, ele resolveu aprimorar os canais de comunicação com os vizinhos e adotou o e-mail para enviar informações fundamentais do condomínio. Além do correio eletrônico, Manuel ainda recorre ao whatsApp e garante que tem sido bem-sucedida a iniciativa. “As pessoas têm se interessado bastante pelos novos formatos e têm até participado mais com sugestões e observações. Tudo isso com muita rapidez”. O síndico usa as novas ferramentas para enviar informações sobre economia de água, os avisos administrativos e para reunir pautas para as assembleias periódicas. “Isso tem acelerado bastante a nossa comunicação”, reforçou.
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Apesar de eficientes, os novos meios não sufocam os antigos. Ana Regina, síndica do edifício Pajé, na Boa Vista, ainda conserva os tradicionais quadros de avisos, as circulares impressas e o contato pessoal com a vizinhança. Ela atribui a permanência deste método à faixa etária dos moradores, que não estão habituados com as tecnologias.
Para o doutor em comunicação Pedro Paulo Procópio, a incorporação de novos aparatos de comunicação na rotina do condomínio está associada à forma como a sociedade do século 21 se comunica. “Hoje, não basta ter o informativo, as atas de reunião. É importante também estar em outras plataformas onde os moradores estão cada vez mais presentes”, apontou.
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