Investir em imóveis pode ser uma ótima saída para driblar a crise. Essa frase parece que é destinada ao período atual da história brasileira, mas essa saída para tempos difíceis vem de muito tempo, desde que se constatou que o crescimento populacional iria requerer mais espaços de moradia. Seja para vender no futuro ou alugar, adquirir uma propriedade sempre requer vários cuidados. Quem pretende utilizar desse meio para aumentar as finanças é preciso ter em mente de que esse tipo de negócio não terá retorno a curto prazo, como esclarece o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Pernambuco (Sindimóveis) Paulo Santos. “Sempre foi um bom investimento, mas o retorno vem a médio e longo prazo, por isso o investidor precisa esperar o momento certo para realizar a revenda”.
Na hora de escolher qual a melhor opção, as dicas são as mesmas de comprar um para morar. “Uma boa localização faz toda a diferença, que tenha serviços como supermercados, farmácias e colégios. Rua pavimentada também atrai inquilinos”, ressalta Paulo. A estudante Joyce Viana é proprietária de um apartamento em um condomínio no Janga, município de Paulista. “Temos o imóvel há oito anos, onde moramos durante cinco. Depois que nos mudamos o local passou um ano fechado e depois alugamos três vezes”, relata Joyce. Atualmente, a residência está alugada. O maior cuidado é saber um pouco melhor sobre os inquilinos. “Pedimos referência ao locatário anterior”.
Para fechar bem o negócio é sempre bom consultar não só um corretor, mas também um advogado para elaborar corretamente o contrato. O assessor jurídico do Sindimóveis Augusto Lócio levanta os principais pontos que devem conter no acordo. “É importante discriminar a residência seguindo a certidão de matrícula do cartório de imóveis, que contém itens como metragem, endereço e tudo o que contém”, conta.
Outros tópicos que também devem constar no contrato dizem respeito a preço estipulado, tempo de aluguel e fim do contrato. “Explicitar o valor cobrado e seus reajustes devem estar no acordo. Além do prazo de locação e da garantia escolhida. Também é importante fazer uma vistoria completa no imóvel, deixando claro as condições e as obrigações de devolução. Vale até fotografar o espaço”, dá a dica Lócio. O investimento está gerando retorno para Joyce. “O dinheiro do aluguel paga o financiamento da casa em que estamos morando, além do condomínio e também fica uma reserva para emergências como IPTU e reformas”, comenta.