Automoção pode ser ótimo recurso para controlar a iluminação da cozinha
A tecnologia está cada vez mais se tornando uma extensão do nosso corpo e o seu avanço contribui para uma vida mais fácil. Uma das técnicas que tem conquistado espaço no segmento imobiliário é a da automação residencial. Trata-se da aplicação de sistemas de controle baseados na automação para todas as funções encontradas no ambiente, integrando seus acionamentos e visando sempre a praticidade, simplicidade e objetividade dos comandos.
Dados divulgados pela Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside) apontam que o mercado global do segmento tem projeção de crescimento anual de 11,36% entre 2014 e 2020. Estima-se que, no Brasil, 300 mil casas possuem automação.
Segundo a Aureside, o mercado global do segmento tem projeção de crescimento anual de 11,36% até 2020
De acordo com o arquiteto Humberto Zirpoli, o controle da iluminação é a automação mais procurada. “Muitos preferem ter o controle da luz para criar cenários nos ambientes”, destaca. Outros priorizam as cortinas e o ar-condicionado por causa do sol. “Quem mora em lugares quentes podem programar a refrigeração para ligar automaticamente na hora que desejar. Já a automação das cortinas ajuda durante o dia para controlar a entrada de luz”, acrescenta.
O superintendente de operações da construtora Conic, Luiz Dutra, disse que os próximos lançamentos da marca vão contar com o sistema. “Há um público que se interessa pela tecnologia e está disposto a investir”, comenta.
No entanto, segundo o professor de cenários econômicos da FG, Tiago Monteiro, o atual cenário econômico não estimula a compra de bens onerosos. “Estamos vivendo um dos piores índices de compra de imóveis. Se o público não está comprando como antes, colocar diferenciais pode não ser muito interessante”, destaca. Para Dutra, isso varia de acordo com o público. “Há quem prefira comprar um imóvel que possua qualidades que garanta o conforto”, rebate.
%u201CQuem quer automação, quer comodidade", diz a estudante Camila Prohaska
A estudante de engenharia de controle de automação, Camila Prohasca, 20, instalou a tecnologia em sua casa após ter feito um curso sobre o assunto. “Quem quer automação, quer comodidade e, talvez, status. O investimento é alto e exige muita vontade e muito dinheiro para possuir isso”, comenta. Para o diretor da Kriese Intelligent Haus, Jurgen Kriese, a automação em si não tem valores tão absurdos. “O que encarece a tecnologia é a instalação da mesma, pois é necessário preparar a casa para fazer o sistema funcionar, o que pode gerar transtorno aos moradores. Quem já morar em um lugar que esteja preparado para o serviço, o custo será menor”, pontua Jurgen. Ele ainda diz que os três pilares da tecnologia residencial são os dispositivos de iluminação, de conforto e de segurança, cada um custando em média R$ 5 mil.